Quem sou eu

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São Paulo, Brazil
Sempre fui exibida. Fazia ballet, pra ter plateia, redação pra ler na frente e dramalhão pra poder chorar. Dei muitas entrevistas pro Jô e Marilia Gabriela, olhando pro azulejo do banheiro. Cantei no chuveiro, venci todos os concursos de Miss Brasil em frente ao espelho 60 x 1,20 do meu quarto. Na escola me autointitulava “ atriz quebra-galho” da Globo, quando alguma atriz não podia fazer o papel na novela, eu entrava e substituía (tudo imaginário, até os autógrafos). Mas não era popular. Era a de todas as rodas. Me dava bem com as nerds, as gostosas, as chatas e a mais bonita. Sempre exercitei a política da popularidade e boa vizinhança. Hoje sou mãe, esposa, publicitária trabalhando em Marketing, dona de casa que faz tudo menos janta, e continuo metida, adorando aparecer!

domingo, 1 de abril de 2012

COMO A GORDICE COMEÇOU

Eu era uma bailarina. Daquela de ponta dos pés, de grandes espetáculos, de ballet de repertório tipo o Lago dos Cisnes, Giselle, Dom Quixote. É minha gente! Eu fui um cisne..., magro, definhado, com saboneteiras ossudas, esquisito e branco, muito branco. Em praticamente 23 anos da minha vida, desde os 3 dançando, sempre mantive meus 45, 48 kg e minhas sapatilhas Capezzio prontas pros exames da Royal Academy of Dancing de Londres. E passei em todos, cheguei a teacher of the teachers. Mas eu também era uma adolescente normal, que adorava o x-salada do colégio, venerava o Mc Donald´s, o Bob´s, o KFC, o Burguer King, o Burdog e os sandubas do meu pai, comia mesmo o misto quente da tia da cantina do ballet, me esbaldava nas frituras, refrigerantes, doces e sempre voltava mais “cheinha” das férias, pra desespero dos coreógrafos argentinos. Nunca liguei pra alimentação saudável, simplesmente, porque 8 horas, todos os dias de ballet em ritmo intenso, me consumiam o corpo, a alma e o espírito. Mas aí parei o ballet. E foi aí que começou a vida de gorda na pele. Eu devia ter uns 23, 24. Uma época que emendei tudo: faculdade, emprego, noites mal dormidas, fim de namoro, rebeldia, uma grandissíssima perda e fome, muita, muita fome de porcaria. Com histórico de família gaúcha-italiana, que cultua as refeições aos domingos, ama uma boa roda de amigos na cozinha, feriadões no sítio regados à pizza, churrasco, bebida, aliados aos sabores da vida e nem aí pra peso, foi fácil ganhar a balança como inimiga. No começo a gente nem sente..., mas os manequins foram do 36 ao 44 em pouco tempo. Claro que houve fases sanfonas, de dietas milagrosas. Emagrece um pouco ali pra caber no vestido da formatura, descobre uma dieta aqui que emagrece em 5 dias, amigo que vende Herbalife com desconto, os famosos Vigilantes do Peso, dieta do abacaxi, da lua, do cetônico, da alface, do chá verde, do óleo de côco, o tráfico de sibutramina, as injeções de enzimas, os pontinhos, a lipo, ração humana, o gás carbônico, o Xenycal, as dicas da Corpo a Corpo..., enfim, sanfonices..., mas o ritmo de comida com o de vida sedentária não entravam num acordo. Continue lendo amanhã! bjos

4 comentários:

  1. Cris adoreeeeiiii o blog, sua história é um pouco parecida com a minha, vou acompanhar todos os dias as suas publicações, afinal tb quero fazer a cirurgia!!!!!! bjus

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  2. AMIGA adorei principalmente quando fala do ballet...ROYAL...nossa QUE TUDO!!! Não deu obviamente para ler tudo, mas pretendo cada dia ler um pouquinho...Tenho certeza que esta tua iniciativa vai ajudar e esclarecer muitas pessoas à respeito da cirurgia e muitas se identificarão e isso com certeza vai encorajar para fazer a cirurgia! Um beijo enooooorme! Dri Praga - Braga hehehehehehehe

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  3. Cris, leia aqui a história da Simone (que fez Mackenzie com a gente) e descubra como ela largou a carreira de publicitária para seguir seu sonho de infância: se tornar uma bailarina!
    http://www.mulheresdobola.com.br/ela-e/ela-e-bailarina.html
    Bjs!

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    1. Lindo o testemunho dela Carol! Não lembro dela, mas achei linda a perseverança. bjo grande

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